Levei tempo para concluir que algumas pessoas são “boas” à sua maneira. É permitido às verdades que estas não sejam absolutas, assim como, as opiniões podem ser maleáveis, flexíveis, duras ou frouxas, por que não? O herói e o vilão podem ser duas faces da mesma moeda, me lembro quando assisti o filme “Carandirú”, em determinado momento me dei conta de que estava torcendo para os bandidos, e me perguntando: “Quem são mesmo os bandidos? São bandidos por que mesmo?”A sintonia com os valores verdadeiros tem que ser muito fina para que a gente não se perca em abstrações e vire um bicho filosófico enganador, meros produtores de argumentos verbalmente bem elaborados, metricamente construídos para impressionar bastante mesmo que não diga nada. É tão louco, tem pessoas se acham boas porque são de bem. Antes devemos classificar “ser bom”, como pressuposto e não como virtude, virtude é ser simples. Os homens podem ser complexos, profundos, podem ser detentores de muito conhecimento, se não forem simples, simplesmente não são bons.
Encheria páginas e mais páginas relacionando nomes de pessoas boas, conhecidas ou não. Pessoas que sorriem porque é mais fácil, que desejam o bem porque é melhor assim, que gastam energia com planos e não com tramas. Fico feliz e lisonjeada por ter bons e simples amigos, certamente nos escolhemos por afinidade. Entendo a arrogância e a soberba como deformações de caráter e ainda assim, os arrogantes e soberbos podem ser “bons” à sua maneira.
Escrito por Patrícia Cordeiro (Postado via IPad)
boiei!!!!!! tati
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