Problemas na saúde pública em Campos logo são classificados como caos. O assunto ganha atenção e destaque dos formadores de opinião contrários ao atual governo, o Ministério Público se apresenta e o debate com as autoridades públicas acontece. As respostas são apresentadas e providências inúmeras são anunciadas para melhorar aquilo que não está funcionando de forma plenamente eficaz.
Porém, naquilo que se refere ao sistema privado, nada se fala ou se discute. Estamos perdendo a oportunidade de pegar carona no assunto para discutir como os usuários da rede particular estão sendo tratados na cidade. A dificuldade na marcação e realização de consultas e exames, a ausência de vínculo essencial entre médico e paciente, sem contar na total falta de preparo e humanidade no atendimento nos principais ambulatórios.
O usuário do sistema público tem a quem reclamar e quem responda pelas suas cobranças e questionamentos. Mas e os usuários de planos de saúde?
Com quem vamos reclamar? Seria oportuno que a diretoria de planos de saúde como Unimed e Ases fossem chamados para dar esclarecimentos, também, sobre os seus serviços. Não só pelos seus serviços como também pelos inúmeros procedimentos realizados em hospitais públicos em pacientes de suas redes.
Condenar um médico por cobrar consulta de paciente do SUS e deixar impune operadoras de plano de saúde que tem pacientes atendidos na rede pública é uma incoerência sem tamanho. Não que o médico tenha a sua atitude justificada por isso. Longe de mim querer defendê-lo. Porém, o que desejo, é que a justiça que o atingiu abranja também as operadoras de planos de saúde que tem pacientes atendidos na rede pública. (Obs: sou cliente da Unimed).
Fonte: Blogando André Freitas (Postado via IPad)
André,
ResponderExcluirTambém sou cliente UNIMED, embora seja da UNIMED RIO, sou usuária da rede em Campos, e, já comprei esta briga, desde que minha avó e minha mãe receberam tratamento desumano e degradante no próprio hospital da UNIMED.
Neste caso de Campos, o problema não está nos médicos da UNIMED, mas na incompetência da atual gestão da diretoria da UNIMED CAMPOS que ao construir aquele hospital não fez a devida projeção dos custos ou subestimou os mesmos.
Isto faz com que hoje a UNIMED CAMPOS esteja retendo dos médicos cooperados 20% do faturamento. Sabemos que os médicos recebem de R$12,00 a R$ 50,00 por consulta, e, sabemos ainda os custos administrativos para se manter um consultório funcionando o que provocaria que tivessem que atender uma quantidade enorme de pacientes por dia. Com a retenção pela UNIMED do faturamento, independente de ser UNIMED Rio ou Paulistana, aumentaria o quantitativo de pacientes mais ainda comprometendo a qualidade da relação médico paciente.
Em retaliação a essa RETENÇÃO os médicos estipularam um determinado nº de pacientes que atendem por mês, isto faz com que tenhamos dificuldades em marcar consultas.
Portanto, salvo engano o problema não está nos médicos, mas na atual gestão da UNIMED CAMPOS.
Por outro lado o HOSPITAL DA UNIMED CAMPOS, recentemente tive contato com um médico ortopedista e, ele estava com um idoso esperando vaga na UTI da UNIMED para operar o fêmur.
Bem, registrei ocorrência na ANVISA pela falta de quantidade de leitos que foi o que aconteceu com minha mãe - e, isto é papel da ANVISA.
Registrei ocorrência na ANS - Agência Nacional de Saúde Suplementar e, eles querem que aponte nominalmente as especialidades e os médicos cooperados. Não vou fazer isto porque estaria tapando o sol com a peneira. Penso, que um problema deve ser atacado na fonte e não nas consequências. A dificuldade de marcação de consulta com os médicos ao meu ver e consequência.
Fiz inclusive uma postagem aqui: http://pensamentossubjetivos.blogspot.com/2011/11/mercantilizacao-da-medicina-com.html
onde falei um pouco sobre isto e, fiquei de voltar a postar. Mas o texto que redigi está extenso, quero enxugá-lo, ser mais objetiva para o fazê-lo.
Se quiser entrar nesta briga comigo André, no Blog Reflexões onde está escrito aqui você tem voz tem o endereço de email onde poderá me contactar e trocarmos informações de contato - telefone e agendar um encontro pessoal para lutarmos em prol desta causa que é nobre.
Att.