A GUERRA VAI COMEÇAR: Octávio Carneiro e Juninho anunciam aliança e Armando contra ataca



A política é verdadeiramente mutante e em Quissamã o anúncio da união de dois pré-candidatos a disputa da eleição municipal de outubro confirma a condição de se ter muitas vezes cenários pouco esperados. É que na noite da última quarta-feira foi divulgada a aliança do ex-prefeito Octávio Carneiro (PP) e do vereador e presidente da Câmara Municipal, Juninho (PR). Essa aliança ainda trás dois nomes de peso na política regional, e dois nomes que não caminham na mesma direção, o prefeito de Macaé, Riverton Mussi (PMDB), que já havia anunciado publicamente seu apoio a Juninho e o ex-governador e presidente estadual do PR, o deputado federal Anthony Garotinho.

A aliança foi anunciada em sessão solene realizada da Câmara Municipal, no Ginásio Poliesportivo.

E o anúncio já provocou reações. O prefeito de Quissamã, Armando Carneiro, que está em seu segundo mandato e que apoia a candidatura de Fátima Pacheco (PT) declarou que não aposta na consolidação dessa aliança e prevê uma ruptura. “É um casamento por conveniência, e como todo casamento por conveniência, tende a não dar certo. Falta confiança de um com o outro, e quando houver a impugnação de Octávio, Juninho com a imagem desgastada vai querer ser o candidato. Esse será o motivo da discórdia”, analisou Armando.

A aliança entre PP e o PR agrega mais 11 partidos, sendo o PV e PSB da base do PP e mais PRB, PPS, PRP, PRTB, PTC, PT do B, DEM, PTN e PSOL aliados com o PR no município de Quissamã.

“Ao ouvir o posicionamento positivo do nosso grupo sobre essa aliança, não podíamos tomar decisão diferente, até porque na política, bem como na vida a gente precisa pensar na coletividade, e Quissamã desejava essa aliança por isso creio que foi sensata, e para mim não é vergonha recuar em nome desse desejo popular, da busca de maior aprendizado e além do mais a união de forças com o grupo de Octávio não deixa de ser um privilégio, inclusive, que outros grupos gostariam de contar”, declarou Juninho, que desta forma deixaria de disputar a candidatura como prefeito passando a compor a chapa com Octávio Carneiro.

Octávio disse que a união com o grupo do PR é baseada no respeito que os dois grupos tem por Quissamã: “Não existe política boa se não estiver aliada aos desejos do povo, e nós só estamos consolidando essa aliança nesse momento, porque entendemos a importância de primeiro ouvir a população através de diversas consultas e também respeitar os nossos grupos que hoje se transformou em um só”, observou. “Sempre admirei a capacidade de articulação política deste jovem que sempre representou muito bem Quissamã, que é o Juninho, com quem tenho orgulho de caminhar junto nessa nova empreitada e estou muito feliz por isso,” definiu.

PROCESSO DE OCTÁVIO ESTÁ NO STF
Segundo Armando Carneiro membros dos dois grupos teriam consultados advogados e acertado que caso Octávio Carneiro (PP) seja impugnado em primeira instância, Juninho (PR) assumiria a candidatura.

“E quando Octávio já estiver com a candidatura lançada e Juninho enfraquecido politicamente e acontecer a impugnação, será que Octávio vai abrir para Juninho ou Juninho vai esperar e contar com a sorte e seguir apoiando Octávio com problemas na Justiça?”, indagou Armando.

Armando Carneiro se refere ao processo do ex-prefeito que está no Supremo Tribunal Federal (STF), depois de derrotas nos colegiados do TRE e TSE. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) indeferiu sua candidatura em 2008 por contas julgadas irregulares. Posterior a isso, o mesmo Tribunal manteve o indeferimento, considerando que as suas contas possuem "natureza insanável". 

Octávio ainda perdeu por duas vezes os recursos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), quando a Ministra Cármen Lúcia decidiu monocraticamente e, em seguida, quando o Plenário, composto por sete Ministros, desproveu por unanimidade o seu recurso (Agravo Regimental contra a decisão monocrática da Ministra Relatora Carmen Lúcia).

O ex-prefeito recorreu ao Supremo Tribunal Federal, com o Recurso Extraordinário, onde foi derrotado quando a Ministra Ellen Gracie, que se aposentou recentemente, negou seguimento ao Recurso Extraordinário, levando em conta que o Acórdão encontrava-se devidamente fundamentado e demonstrava as razões do convencimento do Tribunal Superior Eleitoral.

O processo foi redistribuído para a nova Ministra Rosa Weber e encontra-se pendente o julgamento do segundo Recurso (Agravo Regimental) pelo Pleno do STF, o que encerrará o curso do processo.

Em recente lista divulgada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) o nome de Octávio Carnteiro não está relacionado.
Fonte: Site Ururau
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