Se tivesse humildade, se praticasse a "ética do compartilhar conhecimento", o candidato do PT não erraria em seu programa destinado a segurança pública.
Lógico que um tema que preocupa a população não pode deixar de ser mencionado no pleito municipal.
Mas na falta do que falar é melhor ficar quieto.
Eis os desastres de hoje:
01- A "reportagem" com um tom "cidade alerta", com a apresentadora se esforçando para parecer o "datena", desancou os resultados e a situação da segurança pública, que é da inteira responsabilidade de seu principal aliado, o governador. Nem a candidata prefeita e seu marido fariam melhor.
02- Depois, a reprodução de um senso comum irresponsável, do tipo que só amplia o pânico da população, associada a clássica noção da exclusão, quando a repórter, ao falar do aumento dos homicídios, diz: "e o que mais espanta é que antes os crimes só aconteciam em Guarus e periferia, e agora estão espalhados, nas zonas nobres". Ato contínuo, uma entrevistada na Pelinca diz: "a Pelinca está abandonada". Mas como assim: Se os crimes se restringissem "a zona de exclusão" estava tudo bem? Ah, bom, entendi...A visão neopetista de segurança passa pela paranoia da classe média.
03- Outro erro grave e prova de desconhecimento: 70% dos crimes de homicídio são relacionados ao tráfico. Chute, pois 80% dos crimes de morte não chegam a uma solução, ou seja, como estabelecer esta relação se a taxa de não-resolução é tão grande? Em outras palavras, se não sabem os autores do crime, como autoridades podem "presumir" sua motivação?
04- Guarda Civil Municipal cuida de patrimônio público municipal, e só! Não cabe a Guarda Civil nenhuma outra mediação ou intervenção na segurança pública, e há até julgados que questionam sua atribuição para multar e fiscalizar o trânsito, por causa da ausência da previsão constitucional.
Se quisesse falar de segurança pública, poderia o candidato falar do que um prefeito pode e DEVE fazer:
01- Pacificar o trânsito e diminuir, por óbvio, as lesões e mortes por causa da violência que lhe é inerente, mais ou tão grave que as mortes dolosas, mas que neste país é considerada uma "violência menos importante".
02- Regular o funcionamento de bares e restaurantes, diminuindo a autorização para vende de álcool, o que reduz incidentes, mortes e lesões, principalmente nos fins de semana.
03- Ordenar e pacificar o uso do espaço público, fonte permanente de conflito social e de atos violentos, tanto entre vizinhos, como nos bairros comerciais.
04- Aumentar a estrutura de acolhimento para as vítimas de violência doméstica e sexual, e no caso das mulheres agredidas e afastadas do lar, fornecendo abrigo provisório, subsídios e qualificação para aquelas que se mantinham no lar por dependência financeira, antiga reivindicação feminista.
05 Fornecer e aumentar a estrutura e treinamento dos médicos, que funcionariam por convênio como peritos ad-hoc nos casos de violência sexual, com o uso imediato do kit-estupro de prevenção de DST, em toda rede primária de atendimento e na rede de urgência, possibilitando a imediata comunicação às delegacias após a notificação hospitalar, invertendo a lógica de procurar primeiro a Autoridade Policial e depois o atendimento médico, onde em alguns casos, pela demora no atendimento médico posterior, há perecimento de provas e da sua cautela.
Em suma, ao invés de fazer papel risível, deveria o candidato se informar, estudar e pesquisar, ou pedir a sua assessoria que o fizesse.
Até para não gerar constrangimentos junto a seus aliados, como o governador.
Só faltou o candidato dizer que iria comprar um "caveirão" para a Guarda Civil Municipal.
*Escrito por Douglas Da Mata em seu blog (AQUI)
Lógico que um tema que preocupa a população não pode deixar de ser mencionado no pleito municipal.
Mas na falta do que falar é melhor ficar quieto.
Eis os desastres de hoje:
01- A "reportagem" com um tom "cidade alerta", com a apresentadora se esforçando para parecer o "datena", desancou os resultados e a situação da segurança pública, que é da inteira responsabilidade de seu principal aliado, o governador. Nem a candidata prefeita e seu marido fariam melhor.
02- Depois, a reprodução de um senso comum irresponsável, do tipo que só amplia o pânico da população, associada a clássica noção da exclusão, quando a repórter, ao falar do aumento dos homicídios, diz: "e o que mais espanta é que antes os crimes só aconteciam em Guarus e periferia, e agora estão espalhados, nas zonas nobres". Ato contínuo, uma entrevistada na Pelinca diz: "a Pelinca está abandonada". Mas como assim: Se os crimes se restringissem "a zona de exclusão" estava tudo bem? Ah, bom, entendi...A visão neopetista de segurança passa pela paranoia da classe média.
03- Outro erro grave e prova de desconhecimento: 70% dos crimes de homicídio são relacionados ao tráfico. Chute, pois 80% dos crimes de morte não chegam a uma solução, ou seja, como estabelecer esta relação se a taxa de não-resolução é tão grande? Em outras palavras, se não sabem os autores do crime, como autoridades podem "presumir" sua motivação?
04- Guarda Civil Municipal cuida de patrimônio público municipal, e só! Não cabe a Guarda Civil nenhuma outra mediação ou intervenção na segurança pública, e há até julgados que questionam sua atribuição para multar e fiscalizar o trânsito, por causa da ausência da previsão constitucional.
Se quisesse falar de segurança pública, poderia o candidato falar do que um prefeito pode e DEVE fazer:
01- Pacificar o trânsito e diminuir, por óbvio, as lesões e mortes por causa da violência que lhe é inerente, mais ou tão grave que as mortes dolosas, mas que neste país é considerada uma "violência menos importante".
02- Regular o funcionamento de bares e restaurantes, diminuindo a autorização para vende de álcool, o que reduz incidentes, mortes e lesões, principalmente nos fins de semana.
03- Ordenar e pacificar o uso do espaço público, fonte permanente de conflito social e de atos violentos, tanto entre vizinhos, como nos bairros comerciais.
04- Aumentar a estrutura de acolhimento para as vítimas de violência doméstica e sexual, e no caso das mulheres agredidas e afastadas do lar, fornecendo abrigo provisório, subsídios e qualificação para aquelas que se mantinham no lar por dependência financeira, antiga reivindicação feminista.
05 Fornecer e aumentar a estrutura e treinamento dos médicos, que funcionariam por convênio como peritos ad-hoc nos casos de violência sexual, com o uso imediato do kit-estupro de prevenção de DST, em toda rede primária de atendimento e na rede de urgência, possibilitando a imediata comunicação às delegacias após a notificação hospitalar, invertendo a lógica de procurar primeiro a Autoridade Policial e depois o atendimento médico, onde em alguns casos, pela demora no atendimento médico posterior, há perecimento de provas e da sua cautela.
Em suma, ao invés de fazer papel risível, deveria o candidato se informar, estudar e pesquisar, ou pedir a sua assessoria que o fizesse.
Até para não gerar constrangimentos junto a seus aliados, como o governador.
Só faltou o candidato dizer que iria comprar um "caveirão" para a Guarda Civil Municipal.
*Escrito por Douglas Da Mata em seu blog (AQUI)
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