Esposas e pais dos soldados do 5º Grupamento de Bombeiros Militar de Campos (5º GBM), que ficaram presos administrativamente no Rio de Janeiro, protestam neste domingo em frente à sede do quartel, no Centro de Campos. Os manifestantes estão revoltados com o tratamento que os bombeiros estão recebendo. Segundo os familiares, eles estão sem se alimentar e foram comparados a vândalos pelo governador Sérgio Cabral. A promessa é de manifestação durante todo o domingo e continuação na segunda-feira desde o começo da manhã.Parte da avenida XV de Novembro foi fechada devido à manifestação. Um carro da Guarda Civil está de prontidão no local. Muitos populares, ao passar pelo local, apóiam o movimento dos familiares. Carros buzinam e pessoas assobiam.
Um carro saiu, neste domingo, em direção ao Rio com a meta de levar alimentos e água para os soldados detidos após a tomada do Quartel Central do Corpo de Bombeiros, na noite de sexta-feira, reivindicando aumento salarial. O piso de R$ 950 é, hoje, considerado o pior da categoria em todo país.
No início da noite desta sexta-feira, militares que retornaram do Rio estavam reunidos em frente à sede do 5º GBM e chegaram a dizer que, caso as prisões fossem mantidas, eles iniciariam uma paralisação geral no interior.
Depois da invasão, o governador do Rio, Sérgio Cabral, trocou o comando do Corpo de Bombeiros. O coronel Sérgio Simões assumiu a corporação no lugar de Pedro Marco Cruz Machado. Para o governador, nada justifica a ação dos bombeiros. “Eles responderão administrativa e criminalmente pelo ato de vandalismo e irresponsabilidade, que fere e desrespeita a corporação”, disse o governador.
Pelo menos dois mil militares ocuparam o Quartel Central e cerca de 440 foram presos pela equipe de Choque da Polícia Militar e do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope).
Fonte: Folha da Manhã (Postado via IPad)
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