A vida administrativa do Goytacaz Futebol Clube e principalmente ao que remete as finanças do clube voltaram a ganhar destaque desde a noite desta quinta-feira (03/03) quando o advogado Maurício Costa entrou no ar e participou como torcedor do Programa Continental Esporte e Notícia, na 1270 AM, e em sua participação fez uma série de acusações a diretoria do clube que estaria negociando a dívida referente ao “Caso Jussiê”, com o Cruzeiro, de onde estaria “abrindo mão” do valor de quase 10 milhões para receber através de acordo já firmado, valor próximo a 1 milhão.
Em parte de suas declarações, o advogado chegou a dizer que o Conselho Deliberativo deveria colocar o presidente para fora do cargo o destituindo do cargo.
Dizendo-se estarrecidos e sem entender bem o que pretende o advogado, a diretoria do clube através de seu presidente José Luiz Dutra e a presidência do Conselho Deliberativo publicaram notas oficiais no site do clube que publicamos na íntegra a seguir.
Em parte de suas declarações, o advogado chegou a dizer que o Conselho Deliberativo deveria colocar o presidente para fora do cargo o destituindo do cargo.
Dizendo-se estarrecidos e sem entender bem o que pretende o advogado, a diretoria do clube através de seu presidente José Luiz Dutra e a presidência do Conselho Deliberativo publicaram notas oficiais no site do clube que publicamos na íntegra a seguir.
Nota Oficial da Presidência
Diante das últimas notícias veiculadas pela imprensa a respeito das negociações entre Goytacaz F.C e o Cruzeiro, eu, José Luiz Dutra venho a público, e principalmente a torcida do Goytacaz, esclarecer que:
Assumi o clube no dia 20 de agosto de 2010 com enormes problemas financeiros e com uma competição em andamento (Copa Rio) na qual ficamos na terceira colocação. Antes de assumirmos, o clube participou da Série B e acabou rebaixado à Série C do Campeonato Estadual.
Através de parcerias, estamos tentando viabilizar a campanha do clube na competição e atualmente ocupamos a primeira colocação de nosso grupo com duas vitórias em dois jogos. Tal campeonato terá a duração de 6 meses.
As dificuldades financeiras são enormes e somente quem vive o dia-a-dia do clube, pode ter a perfeita compreensão dos problemas que atravessamos. O clube responde na justiça por aproximadamente 117 processos de natureza trabalhista, herdada ao longo dos anos. Até mesmo nosso patrimônio foi dilapidado (Vila do Curumim), impossibilitando do clube implementar e arrecadar com seu quadro social.
Através do empenho de nossa diretoria, conselheiros e das parcerias firmadas, conseguimos negociar dívidas com a Federação de Futebol, com as concessionárias de água e energia elétrica e ainda estamos trabalhando na adequação de nosso estádio por conta de exigências do Corpo de Bombeiros. Isso sem contar, pagamento de atletas e funcionários do clube.
Diante de tantos problemas financeiros, vimos à negociação com o Cruzeiro, por conta da dívida com relação ao atleta Jussiê, a chance de saírmos do caos administrativo e recolocar o clube nos seus dias de glórias, voltando à Série A do Campeonato Estadual, nosso devido lugar e sonho de nossa imensa torcida.
Entre outras medidas, as principais seriam: obter as certidões negativas e débitos fiscais para que o clube fique apto a receber patrocínio público e privado; saldar por completo os débitos com as concessionárias de água, energia elétrica e Federação; saldar ações trabalhistas que se arrastam por longos anos, entre outras medidas emergenciais.
Reforço aos torcedores do Goytacaz, que em nenhum momento agi de forma escusa ou desonesta com o clube. Agi de forma transparente com a minha diretoria e dando ciência de TUDO ao Conselheiro Deliberativo do Goytacaz F.C, que aprovou que as negociações fossem fechadas. TODOS entendemos que é a forma de oxigenar e impulsionar as ações administrativas e empreendedoras de nosso clube de coração.
Deus é Fiel!!!
José Luiz Dutra Cardoso
Presidente do Goytacaz F.C
Nota Ofical do Conselho Deliberativo do Goytacaz F.C
No que se refere as declarações dadas ontem em uma emissora de rádio local, declarações estas graves que trouxeram ao Presidente do Conselho Diretor, José Luiz Dutra um enorme constrangimento, uma vez que faz acusações sérias atentando contra sua moral e índole, entendemos ser assunto a ser discutido na esfera jurídica.
No que se refere a questão da negociação do Cruzeiro, como Presidente e Vice-Presidente do Conselho podemos trazer os seguintes esclarecimentos:
O Goytacaz hoje responde na justiça por aproximadamente 117 processos de natureza trabalhista, possui débitos com a Concessionária Águas do Paraíba, Ampla e FFERJ, além de processos colocados por fornecedores que de alguma forma prestaram serviços ou forneceram materiais ao clube e que até hoje não receberam. Tudo isso impede o clube de receber qualquer recurso em suas contas para que possa se manter ou continuar suas atividades pois caso algum recurso financeiro lá seja colocado, o dinheiro é retido e direcionado automaticamente para os credores pela justiça.
Parte destas dívidas é reconhecida mas grande parte delas foi gerada através de promissórias que foram distribuídas e que o clube questiona hoje na justiça sua validade.
O acordo que vem sendo discutido entre a diretoria atual do Goytacaz e o Cruzeiro, que não foi discutido somente entre os dois presidentes às escondidas mas sim entre eles com a participação da assessoria jurídica dos dois clubes, que no caso do Goytacaz é representada pelo Dr. Arthur Lontra Costa chegou a um limite onde se aceitava celebrar o acordo ou caso contrário deixava-se o processo correr na justiça até seu julgamento em última instância em Brasília, o que pode levar, um, dois, cinco ou mais dez anos.
O clube hoje devido aos enormes débitos, débitos estes acumulados e contraídos nas administrações anteriores não consegue obter suas certidões negativas para negociar patrocínios quer sejam públicos ou privados. Sendo assim, no estado falimentar em que o clube se encontra hoje, só existem duas alternativas, negociar um valor que permita ao clube quitar suas pendências, resgatar sua credibilidade e poder se colocar em condições de receber recursos ou aguardar por tempo indeterminado o julgamento o que no estado em que o clube se encontra só vai restar neste momento fechar as portas desta instituição quase centenária, e com o dinheiro oriundo dos aluguéis das lojas e do salão de festas que será reativado em breve, e com isso manter somente a conservação do seu patrimônio, até o desfecho do caso na justiça.
Portanto, torcedores e sócios do Goytacaz, a situação do presidente não é nada agradável pelas graves acusações feitas e temos certeza que se hoje batesse na porta do Goytacaz alguém que queira assumir o clube se comprometendo a investir os recursos que o Goytacaz necessita para se reestruturar e colocar o futebol em funcionamento, aportando recursos na formação de novos atletas nas categorias de base e fundamentalmente na composição de um time que reconduza o Goytacaz à Primeira Divisão, não tenho qualquer dúvida que o presidente José Luiz não hesitaria em deixar o cargo.
Pergunto, alguém sabe de algum fato concreto ou atitude pregressa do Presidente que credencie o Sr. José Luiz a ser mais um que queira acima de qualquer coisa tirar proveito da instituição?
Se existe, que de forma responsável e com fatos e dados devidamente comprovados traga a conhecimento de todos para aí sim, repensarmos nossos conceitos. Se não, não façamos julgamentos precipitados e pensemos: Será que não há também motivação de alguém neste momento de tentativa de reconstrução do clube pela atual administração, promover a desestabilização de todo o processo?
Não podemos negar esta possibilidade!
Para finalizar, podemos afirmar em nome do Conselho Deliberativo que o Presidente José Luiz Dutra juntamente com o seu Vice Jurídico apresentaram todos os esclarecimentos devidos aos membros do Conselho que em reunião específica para este fim manifestaram-se formalmente favoráveis a negociação, até porque se o entendimento não fosse buscado, sem perspectiva o clube estaria hoje com suas portas fechadas.
Grandes Conselheiros e abnegados do clube como dr. Sílvio Pinheiro, Dr. Madruga e Sr. Edalmo Nunes do Cartório, pessoas estas de índole inquestionável são conhecedoras da negociação em curso e não há nada que se justifique para o presidente firmar qualquer acordo de forma isolada sem a opinião e anuência do Conselho Deliberativo.
Para isso, há o compromisso formal do Conselho Diretor representado pelo seu Presidente de quitar o máximo possível de débitos existentes tendo como principal propósito obter as certidões negativas que o clube necessita para enfim abrir suas portas para as instituições públicas e privadas, algumas de peso, que já manifestaram interesse em firmar a parceria com o clube mas que não o fazem devido a falta dos documentos mencionados.
Outra questão importante é o compromisso da atual administração de usar parte dos recursos para custas processuais visando tomar as medidas jurídicas cabíveis relacionadas a destinação da receita obtida com a venda da Vila do Curumim, uma vez que até o presente momento o antecessor do Presidente José Luiz Dutra Cardoso não apresentou a prestação de contas de seu período de mandato e consequentemente não se tem conhecimento da destinação dada a cada centavo obtidos com a venda deste importante patrimônio.
Cabe destacar que é responsabilidade do Presidente José Luiz Dutra, apresentar através de seu departamento financeiro toda a receita e sua destinação na contabilidade do clube que certamente através da prestação de contas estará disponível para apreciação dos Sócios, membros do Conselho e demais Diretores.
Atenciosamente,
José Roberto Crespo e Márcio Danilo Carvalho de Oliveira
(Presidente e Vice-Presidente do Conselho Deliberativo)
Fonte: Ururau
VAMOS PARA RUA FAZER MANIFESTAÇÃO NÃO DEIXE ISSO ACONTECER
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