
O prefeito de Resende, José Rechuan (DEM), explicou que havia estado com o governador no Palácio Laranjeiras, no Rio, e levantou a possibilidade do cancelamento, devido aos problemas envolvendo os bombeiros, nas últimas semanas. No entanto, Cabral teria declinado e dito que "não havia problema algum". Hoje, durante a inauguração de Itatiaia, contudo, Cabral mudou de ideia.
- Quando estávamos em Itatiaia recebemos imagens da manifestação e percebemos que não eram apenas professores e sim que havia crianças, jovens. O governador, muito sensivelmente e lamentando muito, decidiu abrir mão de participar para evitar correr riscos - explicou Rechuan.
Os manifestantes eram todos da rede pública de ensino e aguardavam a chegada de Cabral para realizar um protesto contra a política salarial do governo estadual na educação. O governador foi esperado das 11h30 às 13h, quando o prefeito chegou com a confirmação de que ele não participaria do evento.
Como Rechuan explicou à população, Cabral justificou que "não poderia colocar em risco a vida de crianças", que segundo ele, "estariam participando da manifestação".
O coordenador geral do Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação do RJ) de Resende, Ênio Sebastião Cardoso de Oliveira, disse que o objetivo da manifestação era aproveitar a vinda do governador a Resende para chamar a atenção para a falta de qualidade do ensino estadual.
- Antes o estado estava falando que a greve tinha 2% de adesão, na tarde de hoje uma coordenadora do estado admitiu que o movimento já está com 40% de adesão, isto significa que estamos com uma adesão muito maior que 40% em todo o estado.
Em Resende nós tínhamos dificuldade de falar com os professores do Colégio Oliveira Botelho, mas na tarde de hoje o comando de greve conseguiu falar com a diretora, e vários professores de lá já estão tendo a liberdade de aderir ao movimento também - revelou Ênio.
O professor também acrescentou que haveria uma assembléia dos professores no Clube Municipal, na Tijuca, no Rio de Janeiro, para decidir os rumos do movimento, mas que provavelmente os professores deverão continuar em greve porque o governador tem se negado a negociar com a classe.(Postado via IPad)
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