PILOTO QUE CONDUZIA A AERONAVE ESTAVA COM HABILITAÇÃO VENCIDA HÁ 6 ANOS




O coordenador da 23ª Coordenadoria de Polícia do Interior (Coorpin) de Eunápolis (BA), Evy Paternostro, disse agora há pouco que a matéria publicada com exclusividade por O DIA na edição deste domingo, intitulada “Piloto do voo da morte tinha licença vencida”, será fundamental para as investigações da Polícia Civil sobre a queda do helicóptero Esquilo PR-OMO, na noite de sexta-feira, em Porto Seguro.  A reportagem mostra que o empresário Marcelo Mattoso de Almeida, 48 anos, que pilotava o helicóptero, estava há seis anos com habilitação vencida para esse tipo de aeronave.
 

Uma hipótese para a não renovação das habilitações seria problema relacionado à saúde do empresário. Três especialistas consultados por O DIA afirmam que Marcelo tinha pouca experiência, pois não poderia computar horas de voos com permissões vencidas. Pelo documento, o tipo de habilitação H350 (que autorizaria Marcelo a conduzir o PR-OMO) venceu em junho de 2005. Na mesma situação se encontravam as permissões para os seguintes modelos, todos de pequeno porte: BH06 (que não era renovada desde outubro de 2004), EC30 (desde dezembro de 2006) e RHBS (desde julho de 2005).

“Essas informações são bastante relevantes e certamente vão nos auxiliar na apuração das possíveis causas da queda do helicóptero”, afirmou Paternostro. O coordenador da 23ª Coorpin designou o delegado Ricardo Feitosa, titular da  Delegacia de Arraial D'Ajuda, que fica no distrito de mesmo noms, para cuidar das investigações.

 
Piloto não renovava a habilitiação há seis anos

 
Marcelo Mattoso, que pilotava o helicóptero modelo Esquilo PR-OMO, estava há seis anos com habilitação vencida para esse tipo de aeronave, segundo o site da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Quatro pessoas morreram no acidente e três estão desaparecidas.


A página de consulta de licenças da Anac mostra que, como piloto privado de helicóptero desde 17 de julho de 2000, Marcelo era habilitado para conduzir quatro tipos diferentes de helicópteros, mas todas as autorizações estavam fora do prazo de validade. Além disso, seu certificado de capacidade física, expedido pelo Centro de Medicina Aeroespacial (Cemal), expirou em 30 de agosto de 2006.

 Sem carteira regularizada, o empresário também não poderia fazer planos de voos para trajetos longos, o que é recomendado pela Anac. Já para rotas curtas — o trajeto da noite de sexta-feira duraria cerca de dez minutos —, a norma é que o piloto notifique a agência. O órgão regulador informou que não vai se pronunciar enquanto durarem as investigações.

Fonte O Dia e Blog da Gal

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