MICHEL TEMER É COTADO PARA DEFESA NO LUGAR DE JOBIM


O nome mais cotado para substituir Nelson Jobim no Ministério da Defesa é o do vice-presidente da República, Michel Temer.

A presidente Dilma Rousseff conversou brevemente por telefone com Jobim nesta quinta-feira e, segundo a Folha apurou, ela disse ao ministro que, diante da polêmica criada por suas declarações, a única saída era ele pedir demissão. Do contrário, teria afirmado a presidente, não lhe restaria outra opção a não ser ela mesma demiti-lo.

O nome de Temer não causaria atrito do governo com o PMDB e com os militares. Além disso, o vice apresenta um perfil discreto, e não tem uma identificação tão forte com a esquerda.

Ele seria uma solução como a que ocorreu com José Alencar, que também chegou a acumular a Vice-Presidência com a pasta da Defesa no governo Luiz Inácio Lula da Silva, após a saída de José Viegas.

Jobim negou na tarde de hoje que tenha se referido de forma pejorativa ao trabalho das ministras Ideli Salvatti (Relações Institucionais) e Gleisi Hoffmann (Casa Civil). Segundo a revista "Piauí", ele chamou a primeira de "fraquinha" e disse que a segunda "sequer conhece Brasília".

Os trechos da entrevista foram antecipados pela coluna de Mônica Bergamo na edição de hoje da Folha.

Jobim está em missão oficial a Tabatinga, ao lado do vice-presidente Michel Temer e do ministro José Eduardo Cardozo (Justiça).

POLÊMICAS
A situação do ministro já havia ficado insustentável nos últimos dias após a declaração de que votou em José Serra nas eleições de 2010. A revelação foi feita no programa "Poder e Política - Entrevista", conduzido pelo jornalista Fernando Rodrigues no estúdio do Grupo Folha em Brasília. O projeto é uma parceria do UOL e da Folha.

Apesar disso, Dilma preferiu não tomar nenhuma atitude em meio a uma semana politicamente conturbada.

Jobim também causou constrangimento ao Planalto recentemente, na solenidade de homenagem ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Na ocasião, disse ser preciso tolerar a convivência com "idiotas", que "escrevem para o esquecimento". Ele explicou ter se referido a jornalistas, mas petistas entenderam como recado ao governo.

Fonte: Folhapress (Postado via IPad)
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