ALUNO FANTASMA


 Mais uma evidência do fracasso da educação na rede estadual foi constatado pelo MEC há duas semanas. Existem 120 mil alunos fantasmas matriculados nas escolas da rede pública estadual do Rio de Janeiro. Há algum tempo o MEC já vinha desconfiando da diferença entre os números apresentados pelo Estado e os alunos que compareciam às provas de avaliação anual do ministério. Exigida uma auditoria, o governo estadual foi obrigado a confessar o crime: recebia repasses do governo federal por 120 mil alunos que só existiam no papel.

Esse é apenas o ápice do desastre educacional do governo Sérgio Cabral. Depois de gastar milhões em aluguéis com ar refrigerado nas escolas e superfaturar a compra de materiais pedagógicos, Cabral teve a proeza de criar o aluno fantasma. Seria cômico se não fosse trágico, pois como acreditamos, a educação é o fator fundamental para o desenvolvimento humano.

O desastre vem se aprofundando a cada dia, com a presença do economista Wilson Risolia à frente da Secretaria Estadual de Educação. Desconhecido do meio educacional, o atual secretário já deu demonstrações, pelo seu desempenho, que não tem a menor condição de levar adiante uma política educacional séria. Para um estado que já teve Darcy Ribeiro como secretário, no governo Brizola; Arnaldo Niskier, no governo Rosinha; e Ézio Cordeiro, ex-reitor da UERJ, na minha gestão, o nome de Risolia soa como chacota no meio educacional.

A derrocada da educação começou pelo fim do programa Nova Escola, que avaliava e premiava as escolas e os professores com os melhores desempenhos. Rejeitado por Cabral, o programa foi implantado por São Paulo com grande êxito, com o nome de “Escola do Futuro”. A metodologia é idêntica, e hoje basta comparar os índices alcançados pelas escolas estaduais de São Paulo com os das do Rio, para ver quem estava certo.

Blog do Garotinho
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