30 TIMES MAIS VALIOSOS DAS AMÉRICAS





O primeiro ponto a destacar é a presença de doze clubes brasileiros entre os trinta. Mais ainda: do primeiro ao oitavo são todos dessa Terra de Vera Cruz, aparecendo o mexicano Monterrey em nono e o grande Boca Juniors somente em décimo lugar, num claro reflexo do desastre econômico a que foi submetida a Argentina nos últimos anos.

Os três continentes têm um total de 50 países filiados às duas confederações – CONMEBOL e CONCACAF – mas somente 4 apresentam times entre os 30 mais valiosos: Brasil, México, Argentina e Chile. Acredito que a ausência de times como o Los Angeles Galaxy, por exemplo, é devida às características diferentes com que os clubes americanos e canadenses se ligam à MLS.
O valor dos elencos desses 30 times é de 1,5 bilhão de euros, equivalente a 3,7 bilhões de reais, e os três times mais valiosos – Santos, São Paulo e Internacional – representam, somados, 21% do valor de mercado de todos os 30 times. Os doze times brasileiros, 40% do total de times, valem, considerando os dados desse estudo, 807 milhões de euros, ou seja, 53% do valor total dos 30 times.

Em número de times, o Brasil é seguido pelo México, com dez, Argentina com sete e Chile com um. Em valores, novamente o México com 405 milhões de euros, os times da Argentina com 277 milhões de euros e o Chile com 32 milhões de euros de seu único representante.

O valor médio dos times da lista é de 50,7 milhões de euros, com o valor médio de 2,4 milhões de euros por jogador. O valor médio dos times brasileiros é de 67 milhões de euros, seguido pelos mexicanos – 41 milhões de euros – e argentinos – 40 milhões. O time chileno Universidad de Chile – La U – tem o valor de 32 milhões de euros.

Esses números evidenciam de forma cristalina a enorme discrepância entre as economias da região, assim como o declínio – já citado – da economia argentina. Até poucos anos atrás, lista semelhante traria Boca e River Plate (único dos trinta na 2ª divisão) para as primeiras posições da lista, entre os dez mais, talvez mesmo entre os cinco mais. Os números também mostram a evolução do futebol mexicano, mas deixam fora o futebol americano, o que, espero, seja revisto para o próximo estudo.

Outro ponto que fica claro é a grande oportunidade de mercado que se abre para os clubes brasileiros em termos de contratações de jogadores, algo que, agora, está começando.

Aproveito para um comentário, um pouco tardio, mas que ainda tem lugar: lamentei a passagem rápida de Fossati pelo Internacional. Manifestei-me a respeito na época de sua demissão e até fui criticado por alguns torcedores colorados, mas eu acreditava, e ainda acredito, que foi uma medida ousada e muito inteligente a sua contratação, pensando, justamente, na presença de um profissional com amplo conhecimento do mercado e do futebol sul-americano fora do Brasil. Apesar dos problemas, eu ainda teria insistido com ele à frente da equipe, pensando, justamente, no futuro e na maior integração e aproveitamento de jogadores argentinos, chilenos, uruguaios, peruanos e de outros países.

Fonte: Globo Esporte
←  Anterior Proxima  → Página inicial

0 COMENTÁRIOS:

Postar um comentário