DENTISTA É PRESO DEPOIS DE ACUSAR BOMBEIRO DE FURTO


 O dentista Antônio Molinario, que tinha um consultório em um dos prédios que desabaram no Centro do Rio, foi autuado por calúnia e difamação na madrugada desta sexta-feira (27).

O dentista acusou um sargento dos bombeiros de se apropriar de uma caixa com CDs de computador, que estava dentro do carro da Defesa Civil. “Ó o CD aqui ó, ó o conjunto de CD aqui ó”, mostrou, apontando para a caixa, que foi filmada.

Os bombeiros negam, dizem encaminhar os objetos das vítimas para a Polícia Militar e que estão sendo catalogados.

O dentista foi levado à força para a delegacia. “Me dirigi ao sargento Da Cruz e disse: sargento Da Cruz, eu gostaria de lembrar, não estou acusando a corporação de jeito nenhum. Não estou contra o Corpo de Bombeiros. Estou acusando o sargento Da Cruz, só”, disse.

Revoltado, Molinario tentou revistar um carro das equipes. "Está aqui. Abra e veja o que tem aí dentro. Vê se isso aí é dele. Que mais tem aqui dentro? Por que não estão separando os nossos pertences? Tem uma porção de coisas que estão levando escondido", disse o dentista.
Ele e um sócio mantinham um consultório que ocupava todo o quarto andar de um dos três prédios que desabaram.

Nesta quinta, o dentista havia reclamado da falta de informação sobre o entulho. “Não sabemos para onde o entulho está sendo levado. Para a prefeitura, é lixo. Mas, para mim, não. Ali tem fichas de clientes, documentos que não servem para a prefeitura, mas que para mim são muito úteis. Ninguém informa nada, ninguém fala nada”, disse.

O coronel Ronaldo Alcântara, subcomandante do Corpo de Bombeiros do Rio, diz que os objetos de valor encontrados são entregues à Polícia Militar, para serem catalogados e devolvidos aos
Segundo ele, na quinta-feira (26), celulares e outros pertences de vítimas e de pessoas que trabalhavam no local foram encontrados e retirados dos escombros.
Investigação
A Polícia Civil abriu inquérito para apurar as responsabilidades do desabamento ocorrido na noite de quarta. Na quinta (26), o titular da 5ª DP (Mem de Sá), delegado Alcides Alves Pereira, ouviu sete testemunhas e dois policiais que prestaram socorro às vítimas logo após o colapso das estruturas.

Para o prefeito Eduardo Paes, a principal hipótese é que o desabamento tenha sido causado por um dano estrutural, já que não há informações sobre explosão ou vazamento de gás.

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea) informou que obras "ilegais", sem registro no conselho ou na prefeitura, eram realizadas no prédio de 20 andares. Na hora da tragédia, testemunhas disseram ter ouvido a estrutura do edifício estalar antes de ir ao chão.

Fonte: G1
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