Eduardo Paes vai publicar decreto para proibir botequins de usarem letreiros com marcas comerciais, como as de cerveja.
A informação foi dada com exclusividade pela coluna de Ancelmo Gois.
A informação foi dada com exclusividade pela coluna de Ancelmo Gois.
O prefeito cansou da monocromia do azul que predomina naqueles letreiros de bares e restaurantes da cidade. Ele não disse, mas a marca que domina esse tipo de propaganda é a da boa, que patrocinou o carnaval de rua no Rio.
O subsecretário de Patrimônio Cultual, Intervenção Urbana, Arquitetura e Design do Rio, Washington Fajardo, explica que a proliferação dos letreiros de uma marca só é diferente do que aconteceu no carnaval, que é um evento anual, de duração limitada, e a padronização é comum.
-- O que está acontecendo agora é uma padronagem permanente e em áreas históricas da cidade, como a Lapa e Botafogo -- observa Fajardo.
Fajardo lembra que já existe um decreto, de setembro de 2008, que proíbe o anúncio publicitário em letreiros, mas o novo decreto será mais específico. Ele destaca que os atuais letreiros apresentam publicidade irregular e sua padronização provoca uma "perda da qualidade da paisagem" na cidade, sobretudo em áreas históricas.
-- A padronização torna os letreiros medíocres. É sempre a mesma cor. Parece um "fast food" visual. O prefeito foi quem notou isso e nós coincidentemente já vínhamos observando -- disse Fajardo,.
O subsecretário de Patrimônio Cultural disse que nada impede que a empresa continue fornecendo o letreiro do botequim, desde que ele seja mais criativo, sem a marca do produto, o que caracterizaria a publicidade irregular.
Se a medida vai prejudicar alguma cerveja, ao menos promete esquentar o mercado gráfico da cidade.
Fonte: Ancelmo Gois
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