CLARISSA GAROTINHO QUER PLEBISCITO CONTRA PRIVATIZAÇÃO DO MARACANÃ


Deputada protocolou projeto de resolução na Alerj para convocar votação.
No dia governo do estado fez audiência pública para concessão.
Do G1 Rio
Clarissa Garotinho protocolou projeto para plebiscito (Foto: Divulgação)Clarissa Garotinho protocolou projeto para
convocar plebiscito (Foto: Divulgação)
A deputada estadual Clarissa Garotinho protocolou, nesta terça-feira (13), projeto de resolução na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) para convocar um plebiscito sobre a privatização do Maracanã. A ação tem base no artigo 99, inciso XXI, da Constituição Estadual.

Segundo a deputada, o plebiscito permite que a população se manifeste sobre a proposta.

No dia 8 de novembro, o governo do estado fez uma audiência pública para discutir a concessão do Maracanã. A discussão foi marcada  pela presença de manifestantes que, em protesto contra a demolição da Escola Municipal Friedenreich, do Museu do Índio e dos parques esportivos Júlio Delamare e Célio de Barros, atiraram bolas de papel, ovos,copos plásticos e fezes no secretário de estado da Casa Civil Régis Fichtner — que se defendeu com um guarda-chuva. Os grupos deixaram o local às 19h45, uma hora antes do término, ficando na porta do Galpão da Cidadania, na Zona Portuária, onde foi realizado o encontro.

A deputada Clarissa Garotinho defende que o estádio continue sendo um equipamento público. “O Maracanã é a casa dos clubes cariocas, palco do gol mil do Pelé e um símbolo do estado do Rio no mundo. O Maraca é nosso e tem que continuar sendo do povo, não pode ser entregue aos interesses de grupos privados”, disse.

A proposta de plebiscito obteve 33 assinaturas. Era preciso do apoio de 28 dos 70 deputados da Alerj. O projeto segue para a Comissão de Constituição e Justiça e depois vai à votação no plenário da assembleia.
Manifestação
Alunos e professores da Escola Municipal Friedenreich, ocupantes do prédio que já foi sede do Museu do Índio e atualmente pertence à Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), atletas dos complexos esportivos e torcedores de clubes cariocas pediram o cancelamento da audiência com gritos de "cancela" e "fora, Cabral", na audiência pública de quinta-feira (8).
Mesmo com a manifestação, o secretário Régis Fichtner considerou a audiência legítima e disse que a manifestação "foi feita por minorias". "Cancelar a audiência seria um atentado contra a democracia", explicou.
Deputado estadual Paulo Ramos (Foto: Isabela Marinho/ G1)Deputado estadual Paulo Ramos
(Foto: Isabela Marinho/ G1)
O deputado estadual Paulo Ramos discordou e disse que "não houve audiência pública" e que o evento foi uma "farsa armada pelo governador Sérgio Cabral".

Segundo o parlamentar, o governo do estado não contava com a presença dos manifestantes e que, em parceria com outros colegas da Alerj, buscará providências judiciais para que a audiência seja cancelada.
O estádio será administrado pela iniciativa privada por 35 anos e pontos polêmicos do projeto inicial ainda estão em análise.  O projeto inicial prevê a demolição do Estádio Célio de Barros e do Parque Aquático Júlio Delamare para dar lugar a dois estacionamentos. Mas a empresa vencedora da licitação será obrigada a erguer um novo centro esportivo. O local já foi escolhido, fica no bairro do Maracanã, em terreno que pertence ao Exército.
Pela proposta do governo, o concessionário também terá que jogar abaixo mais duas estruturas. O prédio do antigo Museu do Índio, já que a área servirá para tornar mais rápida a saída do público do complexo esportivo. E a escola municipal, considerada a quarta melhor do estado, segundo o Ideb, que fica perto da estátua do Bellini. No espaço serão construídas duas quadras de aquecimento para os atletas.
Na audiência foi anunciado que a escola será transferida para o prédio da antiga escola de veterinária do Exército, em São Cristóvão. Segundo a Secretaria municipal de Educação, toda a estrutura pedagógica será mantida.

Em coletiva após a finalização da discussão, ele disse que o edital terá apenas uma alteração no que diz respeito ao complexo penitenciário Evaristo de Moraes, na Quinta da Boa Vista, próximo ao Maracanã. "O presídio será demolido e a contrapartida de quem assumir a concessão será construir outro, com capacidade para 2 mil presos, no Complexo Penitenciário de Gericinó", finalizou o secretário.
Audiência ficou cheia de manifestantes, contrários às demolições (Foto: Reprodução / TV Globo)Audiência ficou cheia de manifestantes, contrários às demolições (Foto: Reprodução / TV Globo)
←  Anterior Proxima  → Página inicial

Um comentário:

  1. A reunião de Diretoras de hoje foi para ordenar o afastamento do pessoal de apoio contratados pelo REDA (corre o boato que estes podem ser voluntários nas unidades) e para ordenar o funcionamento das creches até o meio dia, o que não pode, é deixar de funcionar, tem que ser dado um "jeitinho", ou seja, dane-se o bem estar das crianças.

    Sinceramente eu gostaria que esse pessoal da SMEC ficasse em sala de aula, sem ASG, encarando os pais e a sujeira nas creches. Estamos entrando nas salas sujas com + de 15 crianças, nem uma vassoura é passada nas salas, que dirá um pano, as teias de aranhas são grossas dignas de um filme de terror, as crianças estão ficando sem banho, banheiros imundos, crianças implorando por água (ficamos gritando da sala pra um que passe faça a caridade de trazer, não tem ninguém pra pegar), saindo de sala para irem ao banheiro sozinhas com 2 e 3 anos, acabaram de deixar a fralda, (criança nessa idade toma até água do vaso sanitário) são bebês ainda. Como trabalhar em E VIVA A ROSA!!!

    ResponderExcluir