Nas últimas semanas os preços de todos os combustíveis derivados do petróleo sofreram um aumento absurdo em todo Brasil. Com aumentos que superam qualquer taxa da inflação e derivadas, o consumidor não consegue encontrar o motivo de tamanho abuso.
A nossa gasolina possui cerca de 20% de álcool em sua composição, (A gasolina C, de uso automotivo é constituída de uma mistura de gasolina A e álcool etílico anidro combustível (AEAC). Assim, o percentual obrigatório de álcool etílico na gasolina é, a partir da zero hora de 01 de março de 2006, de 20%, conforme disposto na Resolução do Conselho Interministerial do Açúcar e do Álcool (CIMA), n.º 35, de 22 de fevereiro de 2006, publicada no Diário Oficial da União em 23 de fevereiro de 2006. A margem de erro admissível é de mais ou menos 1%, conforme disposto no art. 9°, parágrafo 2°, da Lei 10.203/2001).
Muitos dizem que a entressafra da cana de açúcar, matéria prima para a produção do álcool, é a grande responsável pela elevação dos preços, ponto defendido pelos altos executivos das empresas de combustíveis e pelo governo. Infelizmente o Brasil sofre com o monopólio de uma única empresa no setor de produção de combustíveis, e onde existe o monopólio a concorrência leal é inexistente.
A responsável pelo monopólio, além de ser a 2º maior empresa do ramo no mundo, ainda conta com o auxilio do governo federal, que manipula os preços com a intenção de conseguir mais votos em época de eleição e logo após deixa a companhia “recuperar” seu prejuízo.
Falando em governo, os impostos abusivos contribuem muito para o alto preço dos combustíveis. 58% do valor total da gasolina são somente de impostos, impostos que não são utilizados adequadamente, basta uma rápida volta por nossas esburacadas vias.
Além de a nossa gasolina ser superfaturada e conter uma grande quantidade de álcool, ainda temos que arcar com os custos de manutenção nos veículos importados, pois os mesmos são projetados para funcionar com gasolina pura (sem o álcool na composição).
Infelizmente as previsões sobre os preços dos combustíveis não são boas, grande parte dos especialistas no assunto dizem que ainda é possível ocorrer novos aumentos. Quando a chamada entressafra acabar, não espere uma baixa significativa no preço, pois no Brasil o consumidor é sempre o mais explorado no final das contas.
Comprar um automóvel atualmente esta fácil, porém a sua manutenção (combustível, pneus, impostos, etc.) vêm tornando-se uma grande dor de cabeça para muitos, chegando a levar mais de 40% do orçamento mensal de um trabalhador. A solução estaria nos carros movidos a energias alternativas, mas a empresa monopolista do meio petrolífero Brasileiro consegue impedir a entrada dos modelos com preços acessíveis.
Praticamente estamos fadados a pagar a gasolina mais cara do mundo até que o petróleo finalmente chegue ao seu fim, e as fontes alternativas se tornem populares.
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