PRESIDENTE DA LIGHT FOGE DE AUDIÊNCIA NA ALERJ


A ausência do presidente da Light, Jerson Kellman, na audiência pública realizada pela Comissão de Obras Públicas da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), irritou os deputados, principalmente o presidente da comissão, deputado Pedro Fernandes (PMDB), que externou sua profunda revolta, uma vez que em sua opinião, questionamentos fundamentais ficaram sem resposta como, por exemplo, as localizações das 130 câmaras subterrâneas da Light que ainda podem explodir a qualquer momento e as providências que estão sendo tomadas pela empresa visando evitar que repitam. Coube ao diretor de Relações Institucionais da empresa, Paulo Roberto Ribeiro Pinto, tentar "descascar o abacaxi". A audiência se deu em função da recente explosão de um bueiro, no Bairro de Copacabana, que vitimou pessoas e destruiu patrimônios.
"Fiquei muito chateado. Ele (Kellman) preferiu não estar presente. Ele disse que há 130 bombas que podem explodir a qualquer momento. Isso afeta o turismo e a população. Por isso chamamos o presidente aqui para prestar esclarecimentos. Ficamos perplexos por que, para Light, a prestação de serviços que se dane. O importante é o lucro", frisou, ressaltando que a empresa só investe 12% de suas receitas, o que ele considera irrisório.
O diretor da concessionária, Paulo Roberto Ribeiro Pinto, diante de tantas acusações contra a empresa, explicou o motivo da ausência do presidente da Light. Segundo ele, Kellman não pode comparecer porque estava em uma reunião com técnicos do Instituto Carlos Éboli.
"Inicialmente, esclareço a ausência do presidente. Ele não tem se furtado em estar presente nos momentos críticos. Hoje (ontem), ele estava programado para vir. No entanto, em função do que aconteceu, ele tem tido varias reuniões e hoje foi com o Instituo Carlos Éboli. Estamos nos reunindo não só para rever, mais também para entender o que aconteceu nas câmaras e corrigir e ajustar os problemas. O próprio instituto precisa de 30 dias para dar um laudo técnico".
Paulo Roberto tentou explicar o modelo de operação da empresa e fez um pequeno balanço. Citou como exemplo que os investimentos da Light cresceram 157% de 2006 até 2011. No entanto, o deputado Pedro Fernandes só queria saber o quanto a empresa faturou e quanto direcionou para investimentos. Em quase todos os momentos ele voltava aos investimentos da empresa, afirmando que 12%, cerca de R$ 478 milhões, era muito pouco para ser investido em segurança e qualidade na prestação de serviços para os clientes. A Light tem 4 milhões de clientes, em 31 municípios.
O deputado fez questão de deixar bem claro para o diretor da Light que o objetivo da comissão é de fiscalizar os serviços da empresa. E frisou que já pediu ao Crea-RJ que faça uma auditoria externa na Light. Além disso, lembrou que, quando o presidente da Light era presidente da Aneel, impôs várias normas. E quando assumiu a Light, essas normas não foram cumpridas.
A deputada Clarissa Garotinho pediu ao executivo da Light que envie a comissão a licença ambiental e cópia, além da realização de uma auditoria anual mista, como prevê a lei. E o promotor de Justiça do Ministério Público estadual, Pedro Rubim, disse que a principal preocupação são os 130 bueiros que correm risco de explosão. Por isso, disse que na ação civil pública constam alguns questionamentos como, quanto tempo a empresa irá levar para resolver estes problemas. Quais são os 130 bueiros que correm risco e porque a empresa não divulga a localização deles para população. Além disso, ele quer saber o cronograma de obras de manutenção.


←  Anterior Proxima  → Página inicial

0 COMENTÁRIOS:

Postar um comentário