FERNANDO CAMARGO (DONO DA INTER TV) DERROTADO NO TCU


O proprietário da Intertv Planície Fernando Camargo foi derrotado pelo Tribunal de Contas da União. conforme matéria publicada no jornal O Globo de ontem, página 10. O padrinho de Camargo é o Deputado Henrique Eduardo Alves do Rio Grande do Norte. Camargo comanda o consórcio Rodovia Capixaba que tentava garantir a vitória na licitação no tapetão.

Sabe-se que Camargo detém a maioria das ações da empresa que explora a terceira ponte em Vitória. É que no governo José Inácio, Camargo foi uma espécie de 'Iminência Parda' do Governador. Camargo também comanda o consórcio que explora a rodovia do sol. Alguns representantes do Ministério Público do Estado do Espírito Santo andaram tentando visualizar as relações entre Camargo e José Inácio, mas sua influência no Estado e na União conseguiu suplantar tudo isso. Camargo hoje é um grande parceiro das organizações Globo, sendo detentor de várias concessões de televisão, inclusive é sócio do Deputado Henrique Eduardo Alves na TV Cabugi na cidade de Natal.

Parte da vida de Fernando Camargo é um verdadeiro mistério diante das grandes amizades que fez por Campos e até hoje "não se sabe" por certo as verdadeiras razões do afastamento abrupto de Camargo de nossa cidade. Camargo vivia nas rodas da sociedade, muito amigo do pessoal da Folha, canta muito bem e é uma companhia bastante agradável e apesar de milionário, não é um cidadão de contar vantagens em seus círculos de amizade. Até essa semana Camargo sempre soou em Campos como um empresário misterioso, mas depois dessas investidas dele por Brasília, está demonstrado o verdadeiro prestígio dele nas entranhas do Governo Federal. O furacão começa a espalhar as lavras por Campos e os amigos de Camargo são os atuais representantes da 'República dos Guardanapos'. 

ABAIXO SEGUE A MATÉRIA DO GLOBO DE ONTEM:    

TCU define vencedor do consórcio da BR 101

Articulação de líder do PMDB não garante vitória de sócios

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BRASÍLIA - O pleno do Tribunal de Contas da União (TCU) derrotou o Ministério Público e o líder do PMDB e pré-candidato a presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), que articulou junto a ministros da corte para que um de seus sócios no Sistema de Comunicação Cabugi, Fernando Aboudib Camargo, conseguisse um contrato de concessão da BR-101, entre o Espírito Santo e a Bahia. Camargo é também sócio do Consórico Rodovia Capixaba, que ficou em segundo lugar na disputa pela concessão, mas tentava garantir a vitória no TCU, segundo reportagem do jornal “O Estado de S.Paulo”. A concessão é um negócio que envolve cerca de R$ 7 bilhões e foi arrematada pelo Consórcio Rodovia da Vitória, da construtora CR Almeida.
O líder do PMDB não viu problema na sua tentativa de ajudar os interessados no TCU:
-Fiz um favor pessoal a um empresário meu amigo. O dever do parlamentar é fazer interlocução de qualquer cidadão junto aos órgãos de Poder constituídos. O TCU é o órgão mais blindado a qualquer tipo de pressão - disse Henrique Alves.
O resultado da concorrência foi contestada pelo procurador Lucas Furtado, do Ministério Público junto ao TCU. Furtado sustentou ter havido falhas e omissões graves na proposta do primeiro colocado, o que motivaria sua desclassificação. Mas a despeito da politização do caso e das articulações de Henrique Alves, o voto do relator Raimundo Carreiro a favor da ação do MP (contra o consórcio vencedor) foi derrotado por cinco ministros do tribunal.
Com a decisão , o Consórcio concorrente do sócio de Henrique mantém o contrato da concessão da BR-101. Mas ainda estão tramitando na Justiça federal duas liminares contra o resultado da concorrência que deu a vitória ao Consórcio Rodovia da Vitória.
O primeiro relator do caso foi o ministro José Múcio Monteiro, e em um parecer preliminar concedeu uma medida cautelar suspendendo o contrato. Em outro parecer, baseado em relatórios técnicos, Múcio revogou a cautelar, mas o Ministério Público recorreu. Se sentindo atacado pelo procurador Lucas Furtado, que insinuou estar ele votando sob pressão, Múcio se considerou impedido e renunciou a relatoria.
Carreiro substituiu Múcio e apresentou parecer acolhendo o recurso do MP que beneficiaria o sócio de Henrique. Mas foi derrotado pelos cinco ministros do TCU. Carreiro argumentou que enquanto as dúvidas não fossem sanadas, era melhor suspender o contrato. Mas foi derrotado.
- O voto do ministro Múcio é irretorquível e a sociedade está pagando pela demora na concessão - disse o ministro Walton Alencar, um dos que teriam sido procurados por Henrique e representantes Consórcio perdedor.
Segundo reportagem de “O Estado de S.Paulo”, a concessão da BR-101, em janeiro, definiu o consórcio Rodovia da Vitória como vencedor com preço de pedágio mais baixo. A proposta do grupo não continha 35 itens exigidos pela Agência Nacional de Infraestrutura de Transportes, o que foi complementado em diligências posteriores. A omissão levou o Ministério Público Federal a pedir liminares suspendendo o processo, concedidas pela Justiça.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/tcu-define-vencedor-do-consorcio-da-br-101-5942129#ixzz259iT0j00
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