MINISTRO 'DESINFORMADO' VEM CONHECER A REALIDADE DE CAMPOS NESTA TERÇA-FEIRA



O Ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra; e o Ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, vão se reunir com a Prefeita Rosinha Garotinho na manhã desta terça-feira (10/01) em Campos. Segundo a Prefeitura os ministros visitam a cidade a pedido do Deputado Federal Anthony Garotinho, para realizarem uma vistoria no ponto da rodovia federal BR-356 que se rompeu na semana passada, deixando a localidade de Três Vendas alagada. A comitiva também vai vistoriar os diques que ficam às margens do rio Paraíba do Sul.

De acordo com a prefeita, os ministros irão verificar de perto os estragos ocasionados pelas cheias dos rios, para que possam realizar, o mais breve possível, a manutenção necessária, já que são obras de competência do governo federal. Os ministros e comitiva chegarão às 9h20 no Aeroporto Bartolomeu Lisandro e de lá seguirão para o trecho da BR-356 que se rompeu.

Junto com os ministros da Integração Nacional, Fernando Bezerra, virão o secretário de Defesa Civil Nacional, coronel Humberto Viana; o diretor geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), general Jorge Ernesto Pinto Fraxe; o assessor de Comunicação do ministro, João Bonito; e o chefe do Cerimonial, Linei Toledo. Acompanhados do ministro de Transportes, Paulo Sérgio Passos, estarão a chefe da Assessoria de Comunicação Social do Ministério, Laura Almeida; e a chefe do Cerimonial, Geaninne Klein.

‘DESINFORMADO’ PEDE DESCULPAS
O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, deu uma declaração no mínimo “inusitada” no último dia 05, demonstrando total desconhecimento do ocorreu de fato na BR-356, km 120, em Campos, onde a Rodovia rompeu e as águas do Rio Muriaé invadiram a localidade de Três Vendas.

Logo após uma reunião com o governador Sérgio Cabral, no Palácio das Laranjeiras, o Ministro afirmou que na verdade, o que teria ocorrido foi uma abertura da BR-356 em ação planejada, como o objetivo de impedir que as águas do rio Muriaé chegassem ao rio Paraíba do Sul e alagassem áreas maiores de Campos. Ela ainda elogiou Defesa Civil do Estado do Rio, a quem atribuiu o crédito pela ação.

"Na Baixada Campista, através de uma ação planejada pela Defesa Civil do Estado do Rio de Janeiro, se conseguiu desobstruir uma estrada para dar vazão às águas que chegavam em Campos, e quatro mil pessoas foram avisadas a tempo e realocadas, mitigando o risco de perda de vidas humanas", disse o ministro ao comentar que o Estado está mais preparado para lidar com situações extremas por causa de investimentos feitos no ano passado em sistemas de alerta. "A estrada foi aberta para extravasar a água e evitar alagamentos e prejuízos maiores para a população".

Mas, em visita ao Estado do Espírito Santo nesta segunda-feira, o Ministro tentou corrigir o grave: "Errei ao dizer que o rompimento foi programado. Sei que o rompimento foi pela força das águas. O que eu quis dizer é que houve uma ação planejada para a retirada das pessoas. A Defesa Civil fez um belo trabalho de remover as pessoas do local com rapidez".

Em Campos, o secretário de Defesa Civil, Henrique Oliveira não o perdoou o Ministro que vem sendo o alvo de críticas severas da mídia nacional e da oposição do Governo Dilma Rousseff, pela forma da aplicação dos recursos no ano de 2011.

“Fiquei sabendo que o ministro falou isso. Mas isso é coisa de quem não conhece, de quem não entende nada de Defesa Civil. Implodir o dique só serviria para inundar as cidades. Nenhuma pessoa normal faria um rompimento. Como em 2007 implodimos alguns diques na região, acho que ele deve ter visto essas reportagens e achado que se aplicava a esse caso atual. Ele deve ter achado que era o mesmo caso. Ele deu com os burros n'água. Falou muita besteira”, afirmou o secretário.


ARQUIVO
O Ministro possivelmente estava se referindo à enchente de 2008, quando a BR-356 teve que ser aberta, mas naquela vez, a idéia era retirar a água que tinha invadido a localidade de Três Vendas passando por cima da Rodovia Federal. Em 2008 as águas do Rio Muriaé passaram por cima da BR-356 e, depois que o nível do rio diminuiu, a água ficou represada pela própria rodovia. Na época o Dnit autorizou que a Defesa Civil de Campos abrisse uma fenda na BR para que a água pudesse escoar.

Nos anos de 2010 e 2011 a BR-356 passou por uma grande reforma, e alguns pontos foram elevados, justamente para evitar que a água passasse por cima da rodovia.

Fonte: Ururau / Ascom (Postado via IPad)
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