O comerciante Luiz Fernando Balbi Gonçalves, de 30 anos, acusado de matar a mãe, a colunista Maria Ester Balbi, vai esperar o julgamento em liberdade. Em audiência de instrução, realizada ontem, na 1ª Vara Criminal do Fórum Maria Tereza Gusmão, a juíza titular Elizabeth Longobard, após ouvir testemunhas de acusação e defesa, entendeu que não há requisitos para mantê-lo preso, por ele não representar risco à sociedade, ser réu-primário e ter residência fixa. Fernando retornou ontem para o Presídio Diomedes Vinhosa Muniz, em Itaperuna, e pode ser solto na segunda.
Inicialmente foram ouvidas as testemunhas de acusação, dentre elas o delegado adjunto da 134ª DP (Centro), Rodrigo Maia, que relatou o caso com base no depoimento da médica que atendeu Maria Ester e provas da perícia. Em seguida, foram ouvidos o policial que esteve na casa do Luiz Fernando e o conduziu para a delegacia. O acusado permaneceu calado, com a cabeça baixa e visivelmente abalado. Por fim, o enfermeiro e a médica do programa Emergência em Casa relataram seus depoimentos e confirmaram o que foi dito na delegacia, que Maria Ester teria acusado o filho de atear fogo nela. Os dois últimos pediram que seus depoimentos fossem ouvidos sem a presença do réu. A juíza pediu para todos os presentes saíssem da sala de audiência e as testemunhas de defesa começaram a ser ouvidas.
Uma hora depois, a juíza Elizabeth Longobard concedeu alvará de soltura para Luiz Fernando, com aprovação do promotor Marcelo Vieira, após pedido da revogação da prisão preventiva do réu. Das oito testemunhas de defesa previstas para serem ouvidas, apenas seis foram interrogadas na audiência, sendo o depoimento das duas últimas desnecessário.
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