"Não há uma lágrima sequer a verter pela demissão do apresentador do canal PIG local.
Como diz Mino Carta, o Brasil é o único país onde empregado jornalista chama patrão de colega!
Na Itália, ainda de acordo com Mino, patrões são proibidos por lei de ocuparem editorias ou quaisquer cargos em redações, e há todo um sistema de proteção ao jornalista para as "mudanças" oportuna$ de linha editorial que gerem demissões.
A Inglaterra concluiu seu Inquérito Levenson, que levou aos bancos dos réus, nada mais, nama menos que os executivos e donos de grupos de mídia, e agora discutem o tanto de regulação que farão sobre a ação da mídia.
Por aqui, os jornalistas de coleira, sabujos dos patrões, escrevem suas biografias, posam orgulhosos lado a lado, e se duvidarmos (não duvide!), servem até o cafezinho da patrão-editor-chefe.
Qualquer debate sobre controle social da mídia, brotam urticárias e brados retumbantes: CENSURA! CENSURA!
Dói a alma ler a "nota" da associação de imprensa local, incapaz, por todos os modos e motivos, de propor um debate sério sobre a promiscuidade entre mídia, governo e poder econômico.
Não podem! Afinal, parte deles se alimenta nos três cochos, em uma simbiose estranhíssima, até para os padrões brasileiros: Campos dos Goytacazes é uma das poucas cidades onde jornalistas dão expediente, ora nas redações, ora na secretaria de comunicação, e em alguns casos, como assessores de imprensa de grupos econômicos que mantêm relação contratual com os dois setores!
Então, diante de tudo isto, só podemos dizer ao jornalista: azar o dele!
Já em relação a promiscuidade de mídia, governos, só podemos dizer: azar o nosso!"
*Reprodução do Blog com a melhor escrita da Blogosfera Campista - Douglas Da mata e o seu Planície Lamacenta, que pode ser acessado (AQUI)
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